Monday, March 06, 2006

Fernanda, o amor não é tudo

Quase que esse post tinha que ir para o Quilixo, mas achei colocar aqui...
Namorei por muito tempo. E e amei por todo esse tempo. Ainda hoje amo, mas estou sozinho por opção. Difícil opção na verdade, mas realidade.
Quando minha namorada dizia que amor não era tudo, eu discordava. Hoje, porém, não tenho tanta certeza. Ainda gosto dela, mas mesmo assim não nos falamos mais desde da noite do Natal passado.
Quando nos falamos no telefone (coisa que eu não gosto muito - detesto conversa desse tipo por telefone) quase sempre acabamos brigando. Ela quer mais de mim. Na verdade, ela sempre quis o básico: amor, presença, carinho, afeto, honestidade. Tudo aquilo que qualquer pessoa quer isso do seu companheiro. Sempre dei tudo para ela, mas presença, nessa eu falhei sempre E isso acabou provando que o amor talvez não seja tudo mesmo. É preciso algo mais pra manter duas pessoas juntas.
Meus objetivos de vida confrontam diretamente com o relacionamento que ela deseja para nós. Poderia achar um meio termo, mas sou fraco para mudar. Não consigo. Lembro da minha família, do meu pai e daí penso que vou fazer de tudo para conseguir ter sucesso nessa empreitada. E isso está custando o amor dela.
Agora estou sozinho no apartamento. Mas isso não é novidade. Sempre estou sozinho. Rodo a cidade, vou em vários lugares e volto, como o cachorro que se soltou da coleira e correu pela cidade o dia inteiro acaba voltando para a casa. Ando por todos lugares e volto pra casa, com ela no fundo do coração.
Parece que vejo meu futuro, com meus objetivos cumpridos, mas com um coração vazio - e frio. Amargurado por ter deixado escapar, como areia nos dedos, o amor da minha vida.
Brigava com ela sim. Mas quem não briga? Encho o peito de ar, suspiro. Olho a janela e volto o olhar para o apartamento. Sim, estou sozinho.
Triste? Ainda não. Meu coração ainda não sofreu bastante para que eu possa sentir isso.