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This is my centralized personal page. Although I have other blogs in many locations, I try to centralize my personal information here. In this page you can know about me.
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E faz tempo muita coisa. Muita coisa que passa e a gente não registra, não dá conta que está acontecendo e que aconteceu.
Há 3 anos e meio iniciei uma vida nova, e há 3 anos tenho uma nova vida. Em 2005 iniciei o mestrado, que acabara em Junho último; e no meio do mesmo ano fui salvo graças a um transplante de medula. E muita gente sabe disso. Mas quase todos não sabem o quanto sou grato por isso. Grato por estar aqui hoje, e feliz por tudo.
Há 3 anos também coloquei em prática a construção de um sonho, e há quase 2 que olho as sombras de escolhas que fiz. Meu sonho está longe de estar acabado; se quiçá, será. E as sombras, essas, como ao entardecer de um dia, tendem a crescer. Em silêncio, às vezes choro em alma. Noutras, me culpo. Mas vida que segue, e novas escolhas posso fazer.
Hão 2 anos que sou pai. Nem tão presente quanto eu gostaria, e nem mesmo uma pequena parte daquilo que eu deveria. Saudade. A cada vez que vejo seus cabelos enroladinhos e o sorriso em seu rosto, agradeço a Deus por essa dádiva. E não fico um minuto sequer ignorando as sombras das escolhas que fiz. E assim, te amo guri. E gostaria de estar ao seu lado todos os dias. Ininterruptamente.
O tempo urge, e as coisas continuam acontecendo. Certas noites, repenso o passado, e como era boa a vida em certos momentos. Hoje, tenho momentos gratificantes ao extremo, mas, sendo saudosista, ainda suspiro quando ouço certas músicas e à minha lembrança algumas cenas aparecem. Quem esteve naqueles momentos, naqueles lugares, sabe do que falo.
2009 está a um passo. É o ano em que, há tempos, decidi escrever. E dele, já tenho o título, a fonte, os capítulos e as pessoas. É como um filme que, repetidamente passa à minha cabeça. E que precisa ser externalizado. 2009 será o ano, assim espero. Leitores? Não interessam. Importa sim, a soltura.
Zoiudo. Vo pega o bodoque do nanon. Titia. Guga. Juiu. Um monti. Num quero. Vai pu mato. Gotosa. Caninha pai. Coca. Títi. Sai daqui. Quenti. Longi.
Palavras disconexas para o mundo, mas sentimentos indescritíveis para um pai.
Hoje foi o primeiro aniversário de meu filho. Vim de Porto Alegre ontem noite. E para mim não foi nada de esforço. E nada que eu fizesse, nunca seria ou será esforço comparado àquilo que a Fernanda – Anicona – mãe dele faz. Ela sim, mereçe o sorriso do Joaquim.
Agora estou aqui, escutando Australian Crawl no rádio, e Antologia, da Shakira no note. O Joaquim, esse cabeludo enroladinho, está aqui, atrás de mim, dormindo na minha cama.
Cama essa que já foi, para mim e a mãe dele, nosso ninho de amor. Quanta saudade. Não penso em saudade por causa do furor (agora começou Meredith Brooks, no note) do sexo – que sempre foi marivilhoso entre nós – ou da sensação de felicidade que era abracá-la durante a noite. Mas saudade, da sua simples presença.
Nesse momento, Anicona deve estar nos braços de outro. E isso não me magoa. O que magoa é ela não estar nos meus braços. Joaquim acaba de suspirar. Acho que está sonhando. Ele se vira na cama e me deixa aqui, suspirando idem. Te amo, pequeninho.
E a saudade? Ela me acompanha. No celular, tenho as fotos dela. E é incrível, mas me pego, muitas vezes, olhando o timestamp da foto, e lembrando...lembrando dos momentos. Dá vontade de suspirar. Meus pêlos ouriçam. Sim, é 20 de setembro e está frio (começou agora no note Cristian e Ralf – adoro eles, já disse? – no rádio, acho que é algo como Abba, ou outra coisa assim dos anos 60). Eta nostalgia! Acabo de me lembrar da festa no salão, como é o nome...não lembro. Aquela festa onde o Ivan conheceu a Tatiane. Uma das melhores que já fiz. Lembro como se fosse hoje. O salão. A chegada. Os amigos. O ambiente. Nossa, me lembro cada detalhe. Ah, e lembrei agora: Miller, era o nome. E nesse interim, poderia aqui encher páginas e páginas de cada detalhe - literalmente. As rodadas de bebida, os deputados (ahah, essa é boa). Suspiro de novo. Cara, que saudade!
E o Joaquim? Que era pra ser Moisés. Ou Gabriel (e não foi por causa daquele, daquele...). (Cara, que som no rádio. Que lenta.). Vou dormir. E essa noite, com meu filho.
Bem, talvez não interese a muitos, ou talvez não interesse à ninguém. Não importa. O que importa é que a mim, e aos que viveram isso, interessa. E que eu sei, muito.
Já tenho tudo planejado, e peço a Deus que eu o faça. A capa, o estilo da fonte, a cor, a imagem. Tudo. E que seja o quanto antes. O quanto antes.