Monday, October 01, 2007

Uma vida de história e um livro em gestação. E a saudade que o acompanha.

Já falei que eu ia escrever um livro? Acho que sim, mas não para vocês.

E o que ele terá? Terá coisas como o texto abaixo, texto esse que escrevi no dia do primeiro aniversário do meu filho. Catando o note agora eu encontrei ele, e assim, deixo para vocês irem antecipando.

Hoje foi o primeiro aniversário de meu filho. Vim de Porto Alegre ontem noite. E para mim não foi nada de esforço. E nada que eu fizesse, nunca seria ou será esforço comparado àquilo que a Fernanda – Anicona – mãe dele faz. Ela sim, mereçe o sorriso do Joaquim.

Agora estou aqui, escutando Australian Crawl no rádio, e Antologia, da Shakira no note. O Joaquim, esse cabeludo enroladinho, está aqui, atrás de mim, dormindo na minha cama.

Cama essa que já foi, para mim e a mãe dele, nosso ninho de amor. Quanta saudade. Não penso em saudade por causa do furor (agora começou Meredith Brooks, no note) do sexo – que sempre foi marivilhoso entre nós – ou da sensação de felicidade que era abracá-la durante a noite. Mas saudade, da sua simples presença.

Nesse momento, Anicona deve estar nos braços de outro. E isso não me magoa. O que magoa é ela não estar nos meus braços. Joaquim acaba de suspirar. Acho que está sonhando. Ele se vira na cama e me deixa aqui, suspirando idem. Te amo, pequeninho.

E a saudade? Ela me acompanha. No celular, tenho as fotos dela. E é incrível, mas me pego, muitas vezes, olhando o timestamp da foto, e lembrando...lembrando dos momentos. Dá vontade de suspirar. Meus pêlos ouriçam. Sim, é 20 de setembro e está frio (começou agora no note Cristian e Ralf – adoro eles, já disse? – no rádio, acho que é algo como Abba, ou outra coisa assim dos anos 60). Eta nostalgia! Acabo de me lembrar da festa no salão, como é o nome...não lembro. Aquela festa onde o Ivan conheceu a Tatiane. Uma das melhores que já fiz. Lembro como se fosse hoje. O salão. A chegada. Os amigos. O ambiente. Nossa, me lembro cada detalhe. Ah, e lembrei agora: Miller, era o nome. E nesse interim, poderia aqui encher páginas e páginas de cada detalhe - literalmente. As rodadas de bebida, os deputados (ahah, essa é boa). Suspiro de novo. Cara, que saudade!

E o Joaquim? Que era pra ser Moisés. Ou Gabriel (e não foi por causa daquele, daquele...). (Cara, que som no rádio. Que lenta.). Vou dormir. E essa noite, com meu filho.

Bem, talvez não interese a muitos, ou talvez não interesse à ninguém. Não importa. O que importa é que a mim, e aos que viveram isso, interessa. E que eu sei, muito.

Já tenho tudo planejado, e peço a Deus que eu o faça. A capa, o estilo da fonte, a cor, a imagem. Tudo. E que seja o quanto antes. O quanto antes.

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